O teclado tem um efeito muitas vezes nocivo sobre as pessoas. A partir do momento que as mãos começam a digitar o controle tem que ser preciso para não se correr o risco de as mãos falarem pelo cérebro, da paixão superar a razão e das bobagens serem expostas sem cerimônia.
Todos nós deixamos nossas impressões no mundo digital. Mostramos o que somos, o que pensamos, como agimos.
Nós temos um blogueiro assim em nossa cidade. Suas postagens mostram exatamente o que ele é: Uma metamorfose ambulante, um cara tão eclético que chega a não ter um estilo próprio, tão maleável que não possui forma definida, tão mutável que suas ideologias são inconstantes. Admiro isso. Um verdadeiro adolescente tardio. Remanescente da geração coca-cola. Mensageiro da classe média pequeno-burguesa que não sabe onde esta e aonde quer chegar.
Suas técnicas de retórica, no mais direto estilo de “Como vencer um debate sem ter razão” estão sendo fruto de sua nova graduação.
É uma técnica batida a que ele usou quando comentou a pesquisa publicada pelo Diego Sousa, Primeiro concorda-se, reconhece-se o mérito, para depois concluir com o descrédito do assunto. Ele é malicioso, começa concordando, diz que foi o único que acreditou na pesquisa, que os números são exatos, mas no fundo seu objetivo é concluir que a pesquisa não representa o momento atual pois houve uma verdadeira revolução na campanha após as rédeas da campanha ter sido tomada pelo prefeito.
Vamos considerar o seguinte: Se a campanha passou o tempo todo tentando negar a associação entre o prefeito e seu candidato e o povo não engoliu, como que de repente com a associação das imagens o candidato do prefeito passou a ser bem visto?
A metamorfose do Blogueiro continua quando ele critica uma suposta truculência, governos autoritários e logo em seguida demonstra simpatia por um personagem de uma tele-dramaturgia que é conhecida pela truculência, autoritarismo e brutalidade.
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