Os debates políticos brasileiros,
principalmente os televisionados sempre usaram a temática de informar o leitor,
mas sabemos que o objetivo principal era a audiência.
Claro que para isso regras de
imparcialidade foram estabelecidas no que diz respeito a ordem de perguntas e
respostas, sorteios, tempo para responder, direito de réplica e tréplica e
acima de tudo.
Sou a favor do debate bem feito,
mediado imparcialmente, voltado para apresentação e justificação de idéias e
projetos. E é por isso que defendo o NÃO COMPARECIMENTO em debates que não
tenham estas características, que não tenham este padrão, que têm como intuito
ser o momento de exaltação de um candidato em detrimento de outros, que não
seja um momento realmente democrático.
Veja bem, se os organizadores/facilitadores/mediadores
já declararam para quem vão votar, como
poderão garantir imparcialidade. Não duvido da ética dos organizadores. Porém,
a questão não é somente ser imparcial, mas parecer imparcial. Se os alunos, os
candidatos ou qualquer outro ouvinte/participante do debate sabe de que lado
estão os organizadores será que estes vão acreditar na credibilidade do evento?
Seria interessante se os
professores não entrassem nesta queda de braço ideológica. Se querem desempenhar
a missão de informar, educar seus alunos, fazer com que os mesmos ouçam e debatam
com os candidatos de uma forma mais construtiva seria muito mais interessante
se eles chamassem um candidato de cada vez – por ordem de sorteio, com temas a
serem abordados, tempo definido e espaço para os alunos interagirem.
Uma apresentação individual do
projeto de cada candidato seria vista como algo muito mais educativo, instrutivo
e sem aparência de parcialidade.
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