quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Conveniência Política?

O histórico ideológico de um cidadão reflete todas as suas concepções de mundo, seus ideiais, seus interesses culturais e seu posicionamento político.
Os grandes líderes políticos da história e até mesmo os que não tornaram-se tão famosos, mas lutaram bravamente pelo que defendiam também mantiveram-se firme no que acreditam.
Minha formação politica - década de 80 - seguiu o caminho natural daquele período histórico: A Esquerda, que pasmem, naquela época ela existiu, era forte, honesta e guerreira. Honrava as cores e símbolos que defendia.
Participei ativamente destes movimentos - e nesta época a militância trabalhava de graça, e até pagava trabalhar (passagem, alimentação).
Lembro de madrugadas onde íamos colocar cartazes do Edmilson Rodrigues, Babá, Ana Júlia, Zé Carlos, Paulo Rocha...usavamos as cores, os botons, os adesivos e todo mundo nos via como Et´S. Eramos os chatos, os antipáticos, os caras que "queriam mudar o mundo". Essa era a visão que a maioria tinha a nosso respeito. Não me arrependo do meu passado, da minha formação.
Comemorei a eleição do primeiro operário como presidente do Brasil, após participar de todas as suas campanhas como militante. Mas em 2002 já não estavamos mais na década de 80 ideologicamente, Lula não era mais o mesmo (trocou a camisa gola polo por ternos Armany), o Brasil não era mais o mesmo e eu também já não podia ser considerado o mesmo.
O que me levou para as manifestações políticas, a um partido político não foi a conveniência política, foi na verdade a inconveniência de alguns políticos no que diz respeito a maneira como tratam os moradores da periferia como eu.
Já falei antes que sou da periferia, me orgulho disso, mas não me conformo, nao aceito, discuto, vou pra briga por causa dessas incoveniências.
Não nasci no seio da classe média de ideologia mutante, não mudo de partido, não bato e assopro, não defendo cegamente ninguém, não profetizo, não me considero um idiota mercenário que muda de camisa ao tilintar das moedas.
Vivemos numa época em que é fácil acusar o outro de fazer acordos, de se unir por conveniência política com fanfarrões, porém eu gostaria de dizer para o Bruno Marques que nunca fiz acordos políticos visando cargos públicos, nunca pedi nada para mim, nunca pletei emprego em prefeituras, orgãos estaduais ou algo afim, então meu caro blogueiro, não venha dizer que a conveniência política é que direciona meus atos.
Não defendo meus interesses pessoais com a política, porém defendo a política de forma pessoal, ideológica e ética.

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