segunda-feira, 4 de março de 2013

A diferença entre um Estadista e um politico qualquer..



Estadista ou homem de Estado, na definição de Houaiss, é pessoa versada nos princípios ou na arte de governar, ativamente envolvida em conduzir os negócios de um governo e em moldar a sua política; ou ainda pessoa que exerce liderança política com sabedoria e sem limitações partidárias.

Para Aristóteles, o que o estadista mais quer produzir é um certo caráter moral nos seus concidadãos, particularmente uma disposição para a virtude e a prática de ações virtuosas.
Em Tomás de Aquino, as virtudes e os valores cristãos são inseparáveis da prática política, do bom governo e da figura do rex justus. A cosmovisão do governante inclui felicidade em Deus, homens bons e virtuosos, abnegação cristã (diversa da abnegação republicana), amizade honesta, unidade, paz e comunhão social. O governante pio e virtuoso inspira súditos igualmente pios e virtuosos, pelos quais é amado. A natureza é tomada como modelo para o governo dos homens e o governante tem o papel ordenador análogo ao de Deus.

Já em Maquiavel, a condução do Estado é considerada uma arte, e o estadista, um autêntico artista. Para Maquiavel, assim como para Skinner e Merleau-Ponty, o estadista é adaptável às circunstâncias, harmonizando o próprio comportamento à exigência dos tempos. Sua virtù é a flexibilidade moral, a disposição de fazer o que for necessário para alcançar e perenizar a glória cívica e a grandeza - quer haja boas ou más ações envolvidas - contagiando os cidadãos com essa mesma disposição. O estadista é visto como simulador e manipulador da opinião pública ("a ação acusa mas o resultado escusa"), em uma sociedade acrítica e influenciável pelas aparências, constituída de indivíduos interessados exclusivamente em seu próprio bem estar. Mas a corrupção é vista como perda da virtù pelo conjunto dos cidadãos.

Tampouco, segundo Ortega, dever-se-ia confundir um político e um intelectual. Um político é aquele que se ocupa; intelectual aquele que se preocupa. Ou se vem ao mundo para fazer política ou para elaborar definições, mas não ambas as coisas, pois a política é clara no que faz, no que consegue, mas é contraditória na sua definição.

Normalmente ocorre de o estadista ser incompreendido, pois se preocupa com o longo prazo e toma decisões impopulares a curto prazo, enquanto a maioria dos políticos preocupa-se com resultados imediatos de suas ações. Assim se diz que:
- O estadista se preocupa com a próxima geração e o político com a próxima eleição.
Já, um biógrafo de Alexander Hamilton, diz que o estadista pratica a política da colmeia, ao passo que os “políticos” praticam outra política – a política da abelha. No primeiro tudo se subordina ao interesse coletivo. Nos segundos, tudo se subordina ao interesse individual.

O indivíduo com uma missão criadora  é radicalmente diverso do indivíduo sem missão alguma. Virtudes convencionais (honradez, veracidade, escrúpulos) não são típicas do político, que costuma ser propenso a certos vícios - desfaçatez, hipocrisia, venalidade. Portanto, diz Ortega, não se deve medir o grande homem político pela escala das virtudes usuais, pois a grandeza, inevitavelmente, vem acompanhada de suas próprias baixezas.

Mirabeau é venal, mentiroso, cínico, pouco escrupuloso, mas isso não o impede de ser, segundo Ortega, um dos grandes políticos da História - por sua visão política certeira (elemento "que distingue o político do simples... governante"), por sua intuição, pela habilidade em unir interesses contrários e por sua perspectiva política central que é fazer do Estado um instrumento a serviço da nação.

É Por isso que Lincoln vai ser sempre lembrado, pois foi um estadista que se preocupou com a próxima geração, enquanto que Lula, Fraco até na comparação dos filmes, passará pela história como um presidente que direcionava suas ações(assistencialismo, conchavos politicos) focado na próxima eleição.

6 comentários:

  1. Que bosta! Só pela ilustração babaca e coxinha, percebe-se que este blog é um lixo!

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    1. O simples fato de não se identificar já demonstra algo sobre você, porque viver nas sombras?

      Você tem o direito de discordar de tudo, inclusive do que está escrito no blog, a sua discordância não o tornará um "babaca" ou qualquer outra do gênero, vivemos no estado democrático de direito, você sabe o que é isso correto? Porém, as discussões se dão no campo das idéias e discussões, o que observa-se não é o caso aqui. Discorde e defenda suas idéias, isso é bom.

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  2. Obrigado pelo embasamento. Me convenci que Lula realmente é um ESTADISTA. Ao se preocupar com o coletivo, buscando inserir os mais pobres no mercado de trabalho, buscando possibilitar o acesso de filhos mais pobres nas universidades, buscado levar energia elétrica para o Campo, buscando levar condiçõesde permanência dos nordestinos no sertão, enfim... em tudo pude perceber a vontade de Lulaem se preocupar com a colméia e nãocom a abelha. LULA É, SEM SOMBRA DE DÚVIDA, UM ESTADISTA.

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  3. E pelo jeito ele apenas buscou... Não vejo esse conluio ideológico na doutrinação escolar como algo positivo. Não vejo 13 milhões de abelhas desempregadas algo positivo. Não vejo a distribuição elétrica e hídrica no Nordeste. Não vejo a corrupção e o esfacelamento e destruição da petrobrás, uma empresa de cunho importantíssimo e estratégico, como algo positivo. Não vejo um curral eleitoral guiado por migalhas dada pelo PT,através do pão que a própria população fez, como algo bom. Ao invés de nós conseguimos nos desenvolver criticamente com o "método" educacional idolatrado pela esquerda que é o Paulo Freire, a única coisa que foi posta em nós brasileiros foi um Antolho. https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-esta-entre-os-8-piores-em-ciencias-em-ranking-de-educacao/

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  4. Infelizmente não existiu estadista no Brasil e certamente não existirá... Vargas, pra quem acredita que o foi, passou longe disso, pois se transformou em um autêntico ditador e perseguidor politico... tudo isso aí que estamos presenciando é partidarismo..

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