Estadista ou homem de Estado, na definição de Houaiss, é pessoa versada nos princípios
ou na arte de governar, ativamente envolvida em
conduzir os negócios de um governo e em moldar a sua política; ou ainda pessoa que exerce liderança política com sabedoria e sem
limitações partidárias.
Para Aristóteles, o que o
estadista mais quer produzir é um certo caráter moral nos seus concidadãos,
particularmente uma disposição para a virtude e a prática de ações virtuosas.
Em Tomás de Aquino, as
virtudes e os valores cristãos são inseparáveis da prática política, do bom
governo e da figura do rex justus. A cosmovisão do governante inclui felicidade
em Deus, homens bons e virtuosos, abnegação cristã (diversa da abnegação
republicana), amizade honesta, unidade, paz e comunhão social. O governante pio
e virtuoso inspira súditos igualmente pios e virtuosos, pelos quais é amado. A
natureza é tomada como modelo para o governo dos homens e o governante tem o
papel ordenador análogo ao de Deus.
Já em Maquiavel, a condução
do Estado é considerada uma arte, e o estadista, um autêntico artista. Para
Maquiavel, assim como para Skinner e Merleau-Ponty, o estadista é adaptável às circunstâncias, harmonizando o próprio
comportamento à exigência dos tempos. Sua virtù é a flexibilidade moral, a
disposição de fazer o que for necessário para alcançar e perenizar a glória
cívica e a grandeza - quer haja boas ou más ações envolvidas - contagiando os
cidadãos com essa mesma disposição. O estadista é visto como simulador e
manipulador da opinião pública ("a ação acusa mas o resultado
escusa"), em uma sociedade acrítica e influenciável pelas aparências,
constituída de indivíduos interessados exclusivamente em seu próprio bem estar.
Mas a corrupção é vista como perda da virtù pelo conjunto dos cidadãos.
Tampouco, segundo Ortega, dever-se-ia confundir um político e um
intelectual. Um político é aquele que se ocupa; intelectual aquele que se
preocupa. Ou se vem ao mundo para fazer política ou para elaborar definições,
mas não ambas as coisas, pois a política é clara no que faz, no que consegue,
mas é contraditória na sua definição.
Normalmente ocorre de o
estadista ser incompreendido, pois se preocupa com o longo prazo e toma
decisões impopulares a curto prazo, enquanto a maioria dos políticos
preocupa-se com resultados imediatos de suas ações. Assim se diz que:
-
O estadista se preocupa com a próxima geração e o político com a próxima eleição.
Já, um biógrafo de Alexander
Hamilton, diz que o estadista pratica a política da colmeia, ao passo que os
“políticos” praticam outra política – a política da abelha. No primeiro tudo se
subordina ao interesse coletivo. Nos segundos, tudo se subordina ao interesse
individual.
O indivíduo com uma missão
criadora é radicalmente diverso do indivíduo sem missão alguma. Virtudes convencionais (honradez, veracidade, escrúpulos) não são
típicas do político, que costuma ser propenso a certos vícios - desfaçatez,
hipocrisia, venalidade. Portanto, diz Ortega, não se deve medir o grande homem
político pela escala das virtudes usuais, pois a grandeza, inevitavelmente, vem
acompanhada de suas próprias baixezas.
Mirabeau é venal, mentiroso,
cínico, pouco escrupuloso, mas isso não o impede de ser, segundo Ortega, um dos
grandes políticos da História - por sua visão política certeira (elemento
"que distingue o político do simples... governante"), por sua
intuição, pela habilidade em unir interesses contrários e por sua perspectiva
política central que é fazer do Estado um instrumento a serviço da nação.
É Por isso que Lincoln vai ser sempre lembrado, pois foi um estadista que se preocupou com a próxima geração, enquanto que Lula, Fraco até na comparação dos filmes, passará pela história como um presidente que direcionava suas ações(assistencialismo, conchavos politicos) focado na próxima eleição.
Gostei muito. Obrigada.
ResponderExcluirQue bosta! Só pela ilustração babaca e coxinha, percebe-se que este blog é um lixo!
ResponderExcluirO simples fato de não se identificar já demonstra algo sobre você, porque viver nas sombras?
ExcluirVocê tem o direito de discordar de tudo, inclusive do que está escrito no blog, a sua discordância não o tornará um "babaca" ou qualquer outra do gênero, vivemos no estado democrático de direito, você sabe o que é isso correto? Porém, as discussões se dão no campo das idéias e discussões, o que observa-se não é o caso aqui. Discorde e defenda suas idéias, isso é bom.
Obrigado pelo embasamento. Me convenci que Lula realmente é um ESTADISTA. Ao se preocupar com o coletivo, buscando inserir os mais pobres no mercado de trabalho, buscando possibilitar o acesso de filhos mais pobres nas universidades, buscado levar energia elétrica para o Campo, buscando levar condiçõesde permanência dos nordestinos no sertão, enfim... em tudo pude perceber a vontade de Lulaem se preocupar com a colméia e nãocom a abelha. LULA É, SEM SOMBRA DE DÚVIDA, UM ESTADISTA.
ResponderExcluirE pelo jeito ele apenas buscou... Não vejo esse conluio ideológico na doutrinação escolar como algo positivo. Não vejo 13 milhões de abelhas desempregadas algo positivo. Não vejo a distribuição elétrica e hídrica no Nordeste. Não vejo a corrupção e o esfacelamento e destruição da petrobrás, uma empresa de cunho importantíssimo e estratégico, como algo positivo. Não vejo um curral eleitoral guiado por migalhas dada pelo PT,através do pão que a própria população fez, como algo bom. Ao invés de nós conseguimos nos desenvolver criticamente com o "método" educacional idolatrado pela esquerda que é o Paulo Freire, a única coisa que foi posta em nós brasileiros foi um Antolho. https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-esta-entre-os-8-piores-em-ciencias-em-ranking-de-educacao/
ResponderExcluirInfelizmente não existiu estadista no Brasil e certamente não existirá... Vargas, pra quem acredita que o foi, passou longe disso, pois se transformou em um autêntico ditador e perseguidor politico... tudo isso aí que estamos presenciando é partidarismo..
ResponderExcluir