Eleição se ganha no dia da eleição. Até a ultima urna ser conferida ainda existe risco. Principalmente em se tratando de uma eleição municipal. Não se ganha eleição de véspera. Dizer, como se dizia ha quase três meses do pleito, que já venceu a disputa eleitoral, que haviam milhoes para ser gasto na campanha, que o concorrente não tinha chances é no mínimo uma temeridade.
Fosse assim, não havia necessidade de horário eleitoral gratuito, debates, comícios, carreatas e corpo a corpo.
O já ganhou é o maior adversário do candidato, pois o próprio começa a andar de salto alto e seus aliados cruzam os braços para esperar o resultado da apuração.
As pesquisas servem para balizar a campanha, porém os percentuais de hoje podem ser completamente diferentes 15 dias, um mês depois. Portanto, enganam-se aqueles que apostam como certa a eleição do candidato "A" ou "B". É preciso que os candidos alertem seus simpatizantes para evitar o clima do "já ganhou", pois nesse mar revolto da campanha existem muitas surpresas e quem subestimar as ondas a serem vencidas até o dia 7 de outubro corre o risco de morrer na praia.
O grupo da oposição está sabendo conduzir sua campanha, mostrando suas propostas, canalizando os anseios populares.
O grupo da situação está tendo dificuldades para contornar a herança maldita dos antecessores, a falta de apelo popular do candidato e seu discurso pouco convincente - parte pela sua oratória, parte pela desconfiança do povo por tudo o que o mesmo representa.
O risco do já ganhou deve ser avaliado por todos os lados desta disputa, que até onde se vê está polarizada entre esses dois grupos.
Seria um risco também esquecer os outros candidatos a prefeito considerados nanicos desta campanha?
Seriam eles verdadeiramente nanicos?
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