sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Reflexões Sobre as eleições (2004-2008)


Após uma postagem do Professor Bruno Marques onde o mesmo faz uma analise das eleições de 2004 e 2008 resolvi fazer também uma analise destes dois momentos  políticos de nosso município a fim de que possamos ter dados precisos para avaliação consultei o TRE – PA e retirei os seguintes números que avalio agora:

2004
2008

Eleitores
%
Eleitores
%
Diferença de votos
Crescimento em rel. 2004
Mario
7.717
33,96%
12.819
47,73%
5.102
39,80%
Gilberto
5.674
24,97%
10.755
40,04%
5.081
47,24%
Cadinho
5.063
22,28%
2.082
7,75%
-2.981
-143,18%
Dr. Evandro
557
2,40%
Izabela
1.351
5,90%
Jaime Brito
2.358
10,37%
1.204
4,48%
-1.154
-95,85%
22720
26860
4140
15,41%








O primeiro fato que deve ser considerado é a redução do numero de candidatos nas eleições. Se em 2004 tivemos 06 (seis) candidatos ao Palácio Noé de Carvalho em 2008 apenas 04 candidatos disputaram a vaga de gestor municipal. Isso tem uma conseqüência direta na polarização da eleição em dois candidatos (Gilberto e Marió).
 Nas eleições de 2004 tínhamos três pólos (Gilberto, Cadinho e Marió), o que caracterizou a diferença de aproximadamente 2000 votos entre o candidato eleito e o segundo colocado e de 611 votos entre o segundo e o terceiro colocado.
O numero de eleitores disputados pelos seis candidatos na eleição de 2004 foi de 22.720 eleitores, isso ocasionou uma grande distribuição dos votos entre os mesmos, garantindo a eleição do candidato Marió Kato com apenas 33, 96% dos votos e a incrível rejeição de 66,04 % dos votos válidos, ou seja, 15.003 dos 22.720 eleitores disseram NÃO ao prefeito eleito. Uma eleição que com certeza ficou atravessada na garganta do prefeito pois ele sabe que não tem nem ao menos a metade do povo lhe apoiando.
ELEIÇÕES 2008.

2004
2008

Eleitores
%
Eleitores
%
Diferença de votos
Crescimento em rel. 2004
Mario
7.717
33,96%
12.819
47,73%
5.102
39,80%
Gilberto
5.674
24,97%
10.755
40,04%
5.081
47,24%
Cadinho
5.063
22,28%
2.082
7,75%
-2.981
-143,18%
Dr. Evandro
557
2,40%
Izabela
1.351
5,90%
Jaime Brito
2.358
10,37%
1.204
4,48%
-1.154
-95,85%
22720
26860
4140
15,41%

Nas eleições de 2008 o cenário político era outro. A simbiose política feita entre PMDB e PT, juntando rivais históricos a nível estadual (Ana Júlia e Jader Barbalho), também se efetivou aqui em nosso município. A junção do hoje desprestigiado KEKO com o Prefeito Marió Kato garantiu uma eleição polarizada entre este grupo e o grupo político liderado pelo Dr. Gilberto Pessoa.
Houve um crescimento de votos do Marió Kato em relação a 2004 em um percentual de 39,80%, a considerar isso sua grande votação em Americano e ao apoio dos petistas liderados por Keko, Pedro Eduardo, Bruno Marques, e tantos outros que hoje torcem o nariz para o prefeito. Deve se considerar também a polarização das eleições (Mario x Gilberto), o uso da máquina pública, o fato do prefeito estar no poder facilita a idéia de continuidade política e o apoio dado por parte do funcionalismo e secretários municipais.
Ressalva-se a rejeição que também foi considerável 52,27% dos eleitores, totalizando 14.041 de 26.860 disse não ao prefeito.
Discordo do Bruno quando fala que quem mais perdeu no comparativo das eleições foi o Dr. Gilberto Pessoa, pois segundo os números acima podemos ver que o mesmo teve um crescimento de 47,24 % , passando de 5.674 votos (2004) para 10.755 em 2008. Neste período o Dr. Gilberto Pessoa fortaleceu seu apoio político junto a lideranças municipais, mudando sua imagem de vereador para gestor, potencializando sua experiência publica como gestor da câmara municipal e a construção de alianças políticas com lideranças de destaques na política estadual e nacional.
Para o cenário de 2012 podemos avaliar que o atual prefeito está tentando emplacar seu sucessor, porém precisa vencer os desafios de sua grande rejeição política - que com certeza cresceu graças a sua administração que muito deixou a desejar – a falta de carisma do seu candidato e ainda a preocupação popular com a competência política do candidato do prefeito.
Temos também o enfraquecimento da dita esquerda devido ao desgaste político que o vice-prefeito KEKO sofreu em seu nicho eleitoral, americano; sua falta de atuação decepcionou gente dentro e fora do partido. Dizem que o keko não é bem cotado até para vereador. Especula-se até sua saída do partido dos trabalhadores.
Temos o surgimento do Empresário Gilson Freitas que aventura-se, mesmo sem nenhuma experiência política anterior, ao cargo de mandatário municipal, juntou entre seus assessores antigos militantes do Marió e do Dr. Gilberto Pessoa, uns decepcionados pela não eleição dos seus candidatos, outros pela falta de prestigio concedido pelo prefeito eleito.  O mesmo tenta lançar-se como uma alternativa a prefeitura municipal esbarra, porém na sua falta de apoio popular, ausência de experiência política e num certo pavor da população que teme que ele, se eleito, possa governar a cidade com o mesmo autoritarismo usado no meio empresarial.
A união Gilberto e Cadinho mostra sinais de fortalecimento político através da aliança do PSD/PSDB e outros partidos que se aliam confiando na extrema popularidade dos dois doutores. Que apesar do titulo possuem atuação profissional destacada no auxilio dos mais carentes do nosso município.

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