Ao longo dos anos
uma série de mudanças vem ocorrendo na esfera social, econômica, política e
cultural. Uma das causas dessas mudanças está relacionada ao rápido
desenvolvimento tecnológico, provocado pela evolução das áreas da comunicação e
da informática. Assim também as Administrações Públicas vem se transformando,
devido às modificações necessárias e exigidas pela mudança de consciência dos
cidadãos, que geram maiores expectativas e exigências em relação à prestação de
um serviço público de qualidade, célere, eficaz e eficiente, com transparência
e com o menor dispêndio possível de recursos, reconhecendo que a administração
burocrática não mais corresponde ás demandas de seus usuários.
Nesse contexto
percebe-se que as organizações públicas encontram maior dificuldade na
efetivação dessa flexibilidade, uma vez que são regidas eminentemente por
normas e regras rígidas, em que somente é autorizado fazer o que a lei permite,
onde a cultura organizacional é estereotipada, com procedimentos
hierarquizados, com paradigmas autoritários, onde o funcionário público é mero
cumpridor de ordens, sendo desprovido de iniciativa própria, fator esse
agravado pela ineficiência e a desmotivação do funcionário público, que não
pode ser punido com a demissão, além da corrupção que assola nosso país e
desola o cidadão, que ali lhe colocou no poder, para representar os interesses
da sociedade e não em benefício próprio.
Nesse sentido, as
mudanças organizacionais partem de mudanças de comportamento e de atitude
originárias das próprias pessoas integrantes das organizações públicas, as
quais precisam ter um maior comprometimento com a instituição, bem como
desenvolverem a capacidade de aprender, de inovar, de incentivar, de fomentar e
de adaptar-se às novas situações. Obedecendo sempre aos princípios de
legalidade, impessoalidade, razoabilidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
O Estado deve
agir de forma á estimular o desenvolvimento econômico, tendo como preocupação a
promoção do bem comum, determinando assim ações empreendedoras que possibilitem
a redução da máquina estatal, a descentralização do serviço público, prestação
de serviço eficiente e de qualidade. Criando alternativas mais eficazes para
atender as diversas demandas existentes na sociedade. Por tanto, cabe ao ente
levar ao público esta preocupação, na forma de realização e a população, cabe
exigir cada vez mais esse tipo de iniciativa dos gestores públicos.
Criando assim
mecanismos de controle, promovendo a democracia e proporcionando o bem-estar
coletivo através do equilíbrio social, econômico e político, surgindo então uma
administração pública eficiente, com valor estratégico capaz de reduzir lacunas
que separam da demanda social, econômica e política da satisfação das
necessidades pleiteadas pela sociedade. Não atendendo somente aos princípios
legais, mas também a política de resultados, assumindo riscos, inovando,
fazendo a diferença em benefício aos seus clientes, ou seja, os cidadãos.
Por tanto, as
organizações públicas precisam embutir em suas diretrizes e práticas uma
constante busca de oportunidades inovadoras, tratando as mudanças como
oportunidades e não como ameaças, pois o processo de globalização gera tantas
oportunidades quanto perigos, seja na vida pública ou na privada, por tanto é
preciso prestar-mos atenção ás diferenças culturais.
continua..
Nenhum comentário:
Postar um comentário