“O extraordinário desenvolvimento da ‘civilização’ só trouxe como consequência o idiota alcançar um raio de ação jamais imaginado. O mundo tem hoje, pela primeira vez, o idiota global.”
— Millôr Fernandes.
A classe média é pouco afeita as revoluções populares porque não gosta de suar a
camisa, de mobilizar, não sabe compor palavras de ordens, não gosta de
multidão, de sol quente (a não ser na praia). Fazer movimentos sociais para a
classe média sempre foi no campo das idéias. Porém, com o surgimento do mundo
virtual a classe média popularizou (entre si) a idéia de revolução prática; A
classe média – que muitos dizem nem mais existe – mostra que esta viva e em
rede, redes sociais. Basta um provedor, um teclado e pouca ideia na cabeça pra
se ter um Revolucionário Facebookiano, um guerrilheiro do Twitter, os filósofos
da Blogosfera.
Eis o mundo que vivo, valha-nos quem?
Poema escrito a mão.
Vamos fazer revolução,
No dançar dos dedos,
Com o toque das mãos.
Vamos revolucionar, mudar, destruir,
Vamos fazer tremer as estruturas,
Vamos destruir as esculturas,
Vamos impor nossa cultura,
Do CTRL C + CONTROL V
Se você insiste em dizer
Que tudo podemos fazer,
Que podemos tudo mudar,
Só copiar e colar.
Somos os pais da revolução,
Idéias nos dedos,
Teclados nas mãos.
Vamos expor nossas idéias,
Vamos nos mobilizar,
Curtindo e compartilhando,
Vamos o mundo mudar.
Cada um no seu teclado
Eu aqui, você acolá,
Cada um no ar refrigerado,
Mudando o mundo sem sair do lugar.
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