Uma reportagem da revista "Época" dessa semana vem mostrando a estrutura milionária que o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, e o deputado estadual Rodrigo Jucá, de Roraima - ambos do PMDB e filhos de pais de políticos que adquiriram grandes patrimônios durante a vida pública, que inclui empresas de rádio e retransmissoras de televisão, têm à disposição para disputar as eleições estaduais deste ano.
Sobre Helder, a matéria cita o programa de uma hora de duração que o peemedebista possui em uma das oito rádios dos Barbalho, que ainda têm quatro retransmissoras de televisão e um jornal, ressaltando que a estreia do peemedebista foi precedida por uma campanha publicitária feita pela rádio e pela RBA, um dos canais de televisão da família Barbalho.
Ele se manterá no rádio até o início da campanha eleitoral. A mesma rádio promove o programa do "Hélder no meu bairro", que oferece serviços de exames médicos simples, dentistas, atendimento jurídico e emissão de documentos, como carteira de trabalho, certidão de nascimento, e até cortes de cabelo.
Além disso, como vice-presidente do PMDB, Hélder tem visitado cidades do interior com a projeto "O que o Pará quer". Nas cidades visitadas, diz "Época", "os prefeitos costumam alugar ônibus para levar cidadãos e formar uma claque".
A reportagem lembra, ainda, que o Ministério Público Federal do Pará acusa o PMDB, cujo presidente é o pai de Helder, o notório senador Jáder Barbalho, de fazer campanha antecipada a favor do ex-prefeito de Ananindeua e pede que o partido perca 47 minutos do seu tempo de propaganda.
Prefeitura - A matéria feita pelo jornalista Leandro Loyola, traz ainda um balanço dos oito anos em que Helder se manteve à frente da segunda maior cidade do Pará. Um dos feitos da gestão do peemedebista foi a inauguração de um conjunto com o nome do pai, Jader Barbalho. "A placa de inauguração foi descerrada pelo próprio homenageado e, para não deixar dúvidas, tinha uma foto de Jader", diz a reportagem.
A matéria fala ainda da obra inacabada de um estádio de futebol e da falta de repasse de R$ 1,8 milhão ao fundo de pensão dos funcionários da prefeitura, o que gerou, inclusive, denúncias do Ministério Público. Hélder também ampliou o número de funcionários contratados sem concurso, parte deles por indicação política. Segundo o IBGE, entre 2009 e 2012 o número de comissionados cresceu 38%, subindo de 2.939 para 4.056 servidores.
Fonte: Amazônia Jornal